Muita gente, muito samba e futebol; negros, pardos, brancos, mulheres, homens, homossexuais, católicos, evangélicos, ateus, ricos, pobres... Todos juntos num mesmo “balaio”.
O que muitos esquecem é que, além da diversidade, convivemos todos os dias com a desigualdade e a discriminação.
Em entrevista ao Observatório do Direito à Comunicação, o publicitário e diretor executivo do Instituto Mídia Étnica, Paulo Rogério Nunes, disse que a diversidade brasileira “não é representada na televisão porque ainda se valoriza na TV, como em várias esferas da sociedade brasileira, a matriz européia de pensamento e comportamento. Negros e indígenas não são representados de maneira digna na TV: ou são representados de maneira estereotipada ou não aparecem”. Ou seja, a idéia do colonizador prevalece até os dias de hoje e os grandes veículos de comunicação cumprem esse mesmo papel, o de difundir idéias arcaicas e objetivar apenas o lucro.
A comunicação nas mãos de alguns é uma ameaça, mas nas mãos da maioria da população (que é a grande vítima da trama) é a arma mais poderosa. É estratégica para o avanço da luta contra as desigualdades em nosso país.
Diante disso, o núcleo Lado B desenvolveu dois programas levantando temáticas que merecem discussão. Os programetes fazem parte do programa “5 minutos” veiculado pela TV Universidade e foram realizados na disciplina de Direção de programas, do curso de radialismo.
Abaixo os dois programetes. O primeiro, intitulado a “A Sua Cara”, pretende dar voz, de forma democrática, aos "excluídos", criminalizados ou àqueles que têm a imagem deturpada pela mídia (homossexuais, movimentos sociais, negros, mulheres, pobres...). O assunto tratado é sobre a criminalização que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) sofre; e o segundo programa é sobre o preconceito contra a homossexualidade feminina.
Madiano Marcheti
Sua Cara - MST
Programa 5 Minutos - Homossexualidade Feminina